Um terreno no coração do bairro de Pinheiros com 600 m² cercado pela Rua Butantã, Pais Leme e Padre Carvalho, atrás da igreja. Coberto por tapumes, pichações, muito lixo dentro e fora, e ocupado por um pequeno grupo que trocou o cadeado do portão. A comunidade do entorno achava que o terreno era privado. Assim era o espaço do futuro Largo das Araucárias.
Após terminar o plantio da floresta de bolso “Bosque da Batata” logo ao lado, ficamos intrigado com o terreno abandonado e descobrimos na Subprefeitura que se tratava de área pública. Com o apoio deles foi dada autorização, os ocupantes transferidos e o lixo removido. Conseguimos recursos privados e começou o restauro do local para uma nova praça naquele local inóspito.
Após a remoção do solo entulhado, foi alcançada a terra preta e fértil das antigas margens do Rio Pinheiros.
O projeto buscou resgatar a araucária, espécie ameaçada de extinção que batizou o bairro, um trecho de cerrado nativo “São Paulo dos Campos de Piratininga” e as partes construídas inspiradas no antigo retorno dos bondes, que até os anos 1960 passavam por ali sobre o piso de paralelepípedos. Também foi planejado um “Jardim de Chuva” com capacidade de 80 m³ para coletar a água da chuva da pista de asfalto e encaminha-la ao terreno da praça para ser absorvida ao lençol freático. Em 16 de dezembro um mutirão de 200 voluntários plantou na praça 60 araucárias e muitas outras árvores da Mata Atlântica original como pitangueiras, sete capotes e jerivás. Foram instalados dois bancos de alta qualidade.
Hoje, o Largo das Araucárias, junto ao Bosque da Batata, são dois marcos de áreas verdes sustentáveis e vanguardistas na metrópole paulistana.
Parceiros:
Novas Árvores Por Aí – Nik Sabey
Set Investimentos
Arquiteto Sérgio Reis
Fluxus Design Ecológico – Guilherme Castagna
Anjos da Mata Atlântica – Hamilton Cezar
Equipe de voluntários de plantio
Veja as fotos desde o começo –